sábado, 18 de junho de 2011

Conteúdo trabalhado em sala de aula: A influência da Cultura e da Língua Africana no Brasil

·         Cultura:
A cultura da África chegou ao Brasil, trazida pelos escravos negros na época do tráfico transatlântico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas européias (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais.
Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária,o folclore e as festividades populares. A partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX, posteriormente a capoeira e a religião afro-brasileira foram reconhecidas como patrimônio cultural brasileiro.

·         Língua:
Jiló, maxixe, maracutaia, mocotó, forró, capanga, cachimbo, fubá, babá, bagunça, cachaça, caçula, cafuné, capenga, quitute, samba, bunda, sunga, tanga, lengalenga, fungar, xingar, zangar, xodó... Seria possível prosseguir quase interminavelmente a lista de vocábulos utilizados no Brasil que derivam de línguas africanas. Só na Bahia, registram-se mais de 5.000 desses vocábulos.
Nessa perspectiva, a língua portuguesa adquiriu pequenas interferências no vocabulário, na morfologia, sintaxe e na fonologia advindas dos negros africanos.Do século XVI ao século XIX, o tráfico transatlântico trouxe em cativeiro para o Brasil quatro a cinco milhões de falantes africanos originários de duas regiões da África.
Iniciado o tráfico entre Brasil e África, já na primeira metade do século XVI se observou a confluência de línguas negro-africanas com o português europeu antigo. A consequênciamais direta desse contato lingüístico e cultural foi a alteração da língua portuguesa na colônia sul-americana e a subsequente participação de falantes africanos na construção da modalidade da língua e da cultura representativas do Brasil. Explicar o avanço do componente africano nesse processo é ter em conta a participação do negro-africano como personagem falante no desenrolar dos acontecimentos e procurar entender os fatos relevantes de ordem sócio-econômica e de natureza linguística que, ao longo de quatro séculos consecutivos, favoreceram a interferência de línguas africanas na língua portuguesa, no Brasil. Isso se fez sentir em todos os setores: léxico, semântico, prosódico, sintático e, de maneira rápida e profunda, na língua falada.
É notável o desempenho sociolinguístico de uma geraçãode lideranças afro-religiosas que sobreviveram a toda sorte de perseguições e é detentorade uma linguagem litúrgica de base africana, cujo conhecimento é veículo de integraçãoe ascensão na hierarquia sócio-religiosa do grupo, porque nela se acha guardada a noçãomaior de segredo dos cultos.
O principal meio de divulgação da língua africana no Brasil hoje é a música popular brasileira, em razão de muitos dos seus compositores serem membros de comunidades afro-religiosas, como o foi Vinicius de Moraes e, atualmente, Caetano Veloso, Gilberto Gil e tantos outros de igual grandeza, entre os quais os compositores de blocos afros e afoxés da Bahia. Exemplo relevante é a palavra axé (de étimo fon/iorubá), os fundamentos sagrados de cada terreiro, sua força mágica, usada como termo votivo equivalente a “assim seja”, da liturgia cristã ou então “boa-sorte”, que terminou incorporada ao português do Brasil para denominar um estilo de música de sucesso internacional, tipo “world-music”, produzida na Bahia e conhecida por todos como “axé-music”.
No século XIX, o processo de urbanização que se iniciava no Brasil a partir da instalaçãoda família real portuguesa no Rio de Janeiro e a abertura dos portos em 1808 exigirama fixação nas cidades da mão-de-obra escrava recém-trazida da África, numa época emque a maioria da população brasileira era constituída de mestiços, estes, jánascidos no Brasil, falando português como primeira língua.

Conteúdo retiado através de pesquisas realizada no site do GOOGLE
P.S: Não houve acesso aos conteúdos de ordem literaria africana

Nenhum comentário:

Postar um comentário