sábado, 18 de junho de 2011

Professora Judivalda Brasil: Orientadora do Estágio Supervisionado II

Um exemplo a ser seguido!

Professora regente Leacide Moura

Apresentação da Escola Campo


A Escola Estadual Prof. Gabriel Almeida Café, situada à Av. FAB, n.º 91, nesta cidade de Macapá, foi criada pela Associação Comercial do Amapá, em 12 de Setembro de 1949 com denominação de Escola Técnica de Comércio do Amapá e autorizada a funcionar em 12 de dezembro de 1952 pela Portaria n.º 1084 do então Ministério de Estado da Educação e Saúde, tendo como órgão mantenedor da própria Associação.
Por trata-se uma escola modelo de Macapá, sentimos a necessidade de verificar como funciona o ensino de Língua Portuguesa na Escola Estadual Professor Gabriel de Almeida Café e, o que encontramos foi uma escola que, com certeza, esta em boas mãos. Provida de duas mulheres guerreiras: uma excelente diretora, que utiliza de estratégias pedagógicas para estimular o corpo docente, e uma das professoras de LP (professora: Leacide Moura) que além de ser uma referencia para os alunos de ótima educadora, ainda estimula, nós, futuros colegas de profissão, a seguir em frente e fazer da educação uma paixão diária.
O antigo CCA (Colégio Comercial do Amapá) é exemplo de boa administração e a melhor infra-estrutura (sendo esta uma escola de ensino pública), conta com serviços para deficientes físicos e auditivos, sala de vídeo, biblioteca, lanchonetes, sala da diretoria, sala de leitura, secretaria acadêmica, banheiros, bebedouros, além da rádio acadêmica que é utilizada para divulgação dos eventos da instituição.

Relatório de Estágio Supervisionado II: Regência em Língua Portuguesa


Helloíse Colares Dias*
Igo Amoras Ramos

Judivalda Brasil**

Em 18 de abril de 2011 (segunda-feira) houve o primeiro contato dos alunos estagiários com a turma de 1º ano do ensino médio (1152) na escola campo supracitada, sendo que no dia 15, do referido mês, ocorreu a intervenção junto a coordenação pedagógica para a solicitação do estágio temporário de cunho observacional e regencial, onde a professora orientadora do estágio (professora Judivalda Brasil) acompanhou os acadêmicos do IESAP na mencionada tarefa.
Na sala de aula, a professora regente havia proposto como requisito de reavaliação bimestral a exposição de seminários relacionados a “influência da cultura e da  língua africana no Brasil”, porém por falta de disposição do alunado, estes não fizeram, exatamente, a atividade indicada. Deste modo, a professora retomou a explicação da aula anterior, salientando a estrutura narrativa e aplicando atividade de maneira criativa para os estudantes. A educadora auxilia ainda os alunos que farão a apresentação na aula seguinte (quarta-feira, dia 20/04).
Na aula subsequente, alguns grupos promovem a exposição do trabalho, porém sem muita consciência da significação de tal ato. E posteriormente, os estagiários auxiliam a professora na correção da atividade sobre a narrativa que os alunos deveriam ter feito na aula antecedente.
Devido ao feriado da Páscoa, os estagiários retomaram a sala apenas no dia 27, os quais fizeram a regência, correlacionado ao tema: “A Influencia da Cultura e da Língua Africana no Brasil”, onde a docente do estabelecimento de ensino fez a avaliação da desenvoltura dos estagiários correlacionada à prática do ensino educativo.


* Acadêmicos do 5º semestre do curso de Licenciatura em Letras do IESAP.
** Professora orientadora do Estagio Supervisionado II

Abrindo com Debate

A Questão da Metodologia e do Objeto de Ensino

Helloíse Colares Dias*
Igo Amoras Ramos

Judivalda Brasil**

A partir dos estudos realizados sobre a Metodologia e o Objeto de Ensino, de Lívia Suassuna pode-se considerar que há evolução no modo de aplicar e administrar o modo de aprendizado dos alunos na disciplina de Língua Portuguesa, porém dependerá diretamente do professor utilizar uma metodologia que satisfaça o objeto do ensino. 
Nas questões metodológicas, podemos fazer uso das palavras de Silvia e outros, fala sobre a importância de uma abordagem diferenciada com o aluno de língua portuguesa, afinal ainda ha muito do método a repetição que além de não ser favorável para o aprendizado contextualizado, é desgastante e não provoca nenhum estímulo ao aluno. Neste contexto podemos analisar a diferença feita em sala de aula pela professora na qual regia uma turma de primeiro do ensino médio.
Essa professora faz uso de problemas sociais para provocar e estimular um alunado que vem do ensino fundamental com uma capacidade de conhecimento ainda muito limitada, e bastante desinteresse. Ensina língua portuguesa requer a responsabilidade de saber o que se ensina e para quem ensina, afinal o Brasil é um pais de contrastes, cada escola conta com alunos diferentes e cada turma tem suas realidades, sem poder esquecer dar particularidades dos alunos que em caso especiais tem que atenção redobrada.
Para Almeida “a escola impõe conteúdos e modelos de ensino, reproduzindo uma situação social marcada pela injustiça.” (p. 122), deste modo o processo de ensino-aprendizado torna-se tradicionalista e improdutivo, pois os alunos são desestimulados a compreender, o que provoca a reprodução e a memorização do que já foi dito pelo “educador”.


*  Acadêmicos do 5º semestre do Curso de Licenciatura em Letras do Iesap.
**  Professora ministra da disciplina de Estagio Supervisionado 2 do Iesap.

Conteúdo trabalhado em sala de aula: A influência da Cultura e da Língua Africana no Brasil

·         Cultura:
A cultura da África chegou ao Brasil, trazida pelos escravos negros na época do tráfico transatlântico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas européias (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais.
Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária,o folclore e as festividades populares. A partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX, posteriormente a capoeira e a religião afro-brasileira foram reconhecidas como patrimônio cultural brasileiro.

·         Língua:
Jiló, maxixe, maracutaia, mocotó, forró, capanga, cachimbo, fubá, babá, bagunça, cachaça, caçula, cafuné, capenga, quitute, samba, bunda, sunga, tanga, lengalenga, fungar, xingar, zangar, xodó... Seria possível prosseguir quase interminavelmente a lista de vocábulos utilizados no Brasil que derivam de línguas africanas. Só na Bahia, registram-se mais de 5.000 desses vocábulos.
Nessa perspectiva, a língua portuguesa adquiriu pequenas interferências no vocabulário, na morfologia, sintaxe e na fonologia advindas dos negros africanos.Do século XVI ao século XIX, o tráfico transatlântico trouxe em cativeiro para o Brasil quatro a cinco milhões de falantes africanos originários de duas regiões da África.
Iniciado o tráfico entre Brasil e África, já na primeira metade do século XVI se observou a confluência de línguas negro-africanas com o português europeu antigo. A consequênciamais direta desse contato lingüístico e cultural foi a alteração da língua portuguesa na colônia sul-americana e a subsequente participação de falantes africanos na construção da modalidade da língua e da cultura representativas do Brasil. Explicar o avanço do componente africano nesse processo é ter em conta a participação do negro-africano como personagem falante no desenrolar dos acontecimentos e procurar entender os fatos relevantes de ordem sócio-econômica e de natureza linguística que, ao longo de quatro séculos consecutivos, favoreceram a interferência de línguas africanas na língua portuguesa, no Brasil. Isso se fez sentir em todos os setores: léxico, semântico, prosódico, sintático e, de maneira rápida e profunda, na língua falada.
É notável o desempenho sociolinguístico de uma geraçãode lideranças afro-religiosas que sobreviveram a toda sorte de perseguições e é detentorade uma linguagem litúrgica de base africana, cujo conhecimento é veículo de integraçãoe ascensão na hierarquia sócio-religiosa do grupo, porque nela se acha guardada a noçãomaior de segredo dos cultos.
O principal meio de divulgação da língua africana no Brasil hoje é a música popular brasileira, em razão de muitos dos seus compositores serem membros de comunidades afro-religiosas, como o foi Vinicius de Moraes e, atualmente, Caetano Veloso, Gilberto Gil e tantos outros de igual grandeza, entre os quais os compositores de blocos afros e afoxés da Bahia. Exemplo relevante é a palavra axé (de étimo fon/iorubá), os fundamentos sagrados de cada terreiro, sua força mágica, usada como termo votivo equivalente a “assim seja”, da liturgia cristã ou então “boa-sorte”, que terminou incorporada ao português do Brasil para denominar um estilo de música de sucesso internacional, tipo “world-music”, produzida na Bahia e conhecida por todos como “axé-music”.
No século XIX, o processo de urbanização que se iniciava no Brasil a partir da instalaçãoda família real portuguesa no Rio de Janeiro e a abertura dos portos em 1808 exigirama fixação nas cidades da mão-de-obra escrava recém-trazida da África, numa época emque a maioria da população brasileira era constituída de mestiços, estes, jánascidos no Brasil, falando português como primeira língua.

Conteúdo retiado através de pesquisas realizada no site do GOOGLE
P.S: Não houve acesso aos conteúdos de ordem literaria africana

A Canção dos Homens

A Canção dos Homens

“Quando uma mulher, de certa tribo da África, sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres e juntas rezam e meditam até que aparece a “canção da criança”.
Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam a sua canção.
Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe cantam sua canção.
Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.
Quando chega o momento do seu casamento a pessoa escuta a sua canção.
Finalmente, quando sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, igual como em seu nascimento, cantam a sua canção para acompanhá-lo na "viagem".
Nesta tribo da África há outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, o levam até o centro do povoado e a gente da  comunidade forma um círculo ao seu redor.
Então lhe cantam a sua canção.
A tribo reconhece que a correção para as condutas anti-sociais não é o castigo;
é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade.
Quando reconhecemos nossa própria canção já não temos desejos nem necessidade de prejudicar ninguém.
Teus amigos conhecem a "tua canção" e a cantam quando a esqueces.
Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes ou as escuras imagens que mostras aos demais.
Eles recordam tua beleza quando te sentes feio; tua totalidade quando estás quebrado; tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso.“
 
(Tolba Phanem)